Um cartório de várias faces
Fundado em 1911, o cartório do 15º Subdistrito da Capital, no tradicional bairro do Bom Retiro é uma das mais antigas serventias da Capital e ilustra de forma peculiar as mudanças que a maior metrópole da América Latina sofreu desde sua fundação até os dias de hoje.
O cartório atende serviços de balcão, como autenticações e reconhecimentos de firmas, assim como atos de registros de nascimento, casamento, óbito, procuração, apostilamento de Haia e carta de sentença.
As mudanças no cartório acompanharam as mudanças da população local, antes residencial e formada principalmente por imigrantes judeus e italianos. Hoje é formada por coreanos e bolivianos.
História do Bairro
Um dos distritos centrais de São Paulo, o Bom Retiro é eminentemente comercial, com áreas industriais e residenciais. Inclui os bairros da Luz, Ponte Pequena e Ponte Grande que, inclusive, deram nome a duas estações de metrô.
Bairro nobre no passado, quando a estação da Luz e a estação Júlio Prestes eram belos e elegantes pontos de chegada e partida de viajantes. Na década de 1920 seus habitantes mais ricos começaram a mudar para a recém aberta avenida Paulista.
Na decada de 1960 as industrias deram lugar ao comércio, mesclado com pequenas confecções e tecelagens. Nesta fase foi bairro de concentração de imigrantes de origem judaica, que mais tarde se mudaram para Higienópolis e Pacaembu.
Possuidor de uma importante herança patrimonial e cultural da cidade, o Bom Retiro abriga a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Sacra de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa (dentro da Estação da Luz), a Estação Pinacoteca (no antigo DOPS) e o Centro de Estudos Musicais – Tom Jobim. Próximos ao distrito, a Estação Júlio Prestes foi restaurada e atualmente abriga a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). O antigo solar que pertenceu ao Marquês de Três Rios, Joaquim Egídio de Sousa Aranha, em sua Chácara “Bom Retiro” e mais tarde, abrigando a Escola Politécnica da USP hoje abrigando a FATEC e a ETESP
O Jardim da Luz é o mais antigo parque da cidade e é uma das poucas áreas verdes de sua região central.
É também o segundo reduto oriental da cidade – a “Liberdade” dos coreanos – que já alcançam cerca de 40.000 moradores e controlam dois terços do comércio e da indústria de roupas da região – muito desenvolvido e diversificado, fornecendo em atacado moda para todo o país – mas ainda não conquistaram o status de atração turística que a Liberdade possui.